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Sob as lentes técnicas da aerofotogrametria: muitos profissionais técnicos operam na área, com diversificadas atribuições e responsabilidades
“Varig, Varig, Varig”. Quem nunca cantarolou essa musiquinha? Era manhã de 3 de fevereiro de 1927 quando a aeronave alemã Dornier Wal partiu de Porto Alegre rumo a Rio Grande para o voo inaugural da Viação Aérea Rio-Grandense (VARIG), fundada oficialmente em 7 de maio de 1927 e que, décadas após décadas, notabilizou-se como a principal companhia aérea do país e uma das melhores do mundo até encerrar as atividades em 2006. Só que a empresa não ficou famosa somente pela excelente mecânica de manutenção de aeronaves e o impecável serviço de bordo, mas também pelos cursos preparatórios e treinamentos para pilotos, comissários e demais profissionais. Segundo a Transporte Moderno, revista especializada em transporte de carga e passageiros com mais de meio século de circulação, em 1968 a Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul – ou simplesmente Cruzeiro, subsidiária da VARIG –, mantinha um departamento de aerofotogrametria que, sintetizando, é o método de coleta de imagens e dados topográficos realizados por câmeras fotográficas acopladas à aeronave, com o objetivo de fornecer informações quantitativas e fidedignas de fotografias aéreas. “Os aerolevantamentos são realizados para várias finalidades, que podemos agrupar em planejamento, gestão e projetos, com cada grupo exigindo um conjunto de especificações distintas”, explica Ivan Valeije Idoeta, vice-presidente e responsável técnico na Base Aerofotogrametria e Projetos S.A., empresa onde, desde 1985, teve a oportunidade de acompanhar mais de mil projetos de levantamentos topográficos e aerofotogramétricos.
Com o avanço da tecnologia, atualmente a aerofotogrametria e os mapeamentos aéreos podem ser realizados por drones ou até mesmo por imagens de satélites para áreas mais abrangentes, possibilitando mapeamentos de forma remota. E os técnicos também estão presentes como profissionais importantes nesse contexto, com diversificadas atribuições e responsabilidades. “Muitos profissionais técnicos operam na área, como operadores de instrumentos de voo, processamento dos dados, agrimensura de campo, cálculos de posicionamento, fotointerpretação, edição de imagens, edição topológica, bancos de dados, tecnologia da informação e outras funções”, complementa.
Especialista em aerofotogrametria e autor de dois livros – “Elementos de Eletrônica Digital” e “São Paulo Vista do Alto”, ambos em coautoria publicados pela Editoria Érica –, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP), intermediada pelo engenheiro agrimensor e gerente técnico comercial Ricardo Savi, com o propósito de explicar o que é aerofotogrametria aos não familiarizados com o termo, bem como compartilhar experiência e informações relevantes com quem atua ou pretende se ingressar profissionalmente na área. “Agradeço essa oportunidade de falarmos um pouco sobre serviços de aerolevantamento, mostrando que se trata de uma ferramenta importante e indispensável para o desenvolvimento sustentável de uma nação; pois, ninguém consegue gerir um território sem conhecê-lo”, conclui Ivan Valeije Idoeta, também em nome da Base S.A.
Primeiramente, o que é aerofotogrametria?
Conceitualmente, fotogrametria é a ciência aplicada que se propõe a registrar, por meio de fotografias métricas, imagens de objetos que poderão ser medidos e interpretados. Uma vez definida, podemos dividi-la em categorias de acordo com o tipo de fotografia e os objetivos do uso: fotogrametria terrestre, quando as imagens são obtidas a partir de pontos situados na superfície do terreno – se o eixo óptico da câmera utilizada é horizontal, temos a “fotogrametria horizontal” –; e fotogrametria aérea ou aerofotogrametria, quando as imagens são obtidas por câmeras métricas montadas em aeronaves – sendo o eixo óptico da câmera vertical, temos a chamada “fotogrametria vertical”.
Qual é a sua ligação ou experiência na área?
Minha ligação com a área de aerofotogrametria vem desde os 15 anos quando, no início da década de 1970, meu pai Irineu Idoeta incentivou-me a trabalhar na Aeromapa Brasil, empresa do Grupo Cruzeiro, onde fiz o curso de fotogrametrista. Em 1985 iniciei minhas atividades na Base S.A., onde me encontro até o momento e tive o privilégio de participar das equipes que já realizaram mais de mil projetos de levantamentos topográficos e aerofotogramétricos.
O senhor pode falar, então, sobre a Base Aerofotogrametria e Projetos S.A.?
Fundada em 1974, atualmente a empresa opera com mais de 1250 projetos e, atualmente, opera com duas aeronaves e sensores de imageamento métrico digital e perfiladores a laser. Está estabelecida em São Paulo e inscrita no Ministério da Defesa como Categoria A; ou seja, para execução de coberturas aéreas e demais fases até os produtos finais, como levantamentos geodésicos, ortofotocarta – produto cartográfico rico em detalhes fotográficos e qualidade geométrica de uma carta de traço –, modelos digitais de terreno, cadastros técnicos multifinalitários, entre outros. É também inscrita na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) como empresa de serviços aéreos especializados de aerolevantamento.
Qual a relevância e as principais finalidades da aerofotogrametria?
Os aerolevantamentos são realizados para várias finalidades, que podemos agrupar em planejamento, gestão e projetos, com cada grupo exigindo um conjunto de especificações distintas. Na área de planejamento, tem-se uma visão de futuro com foco nas relações com a sociedade, infraestrutura, meio ambiente, equipamentos sociais, circulação, armazenamento, abastecimento e logística. Na gestão de qualquer atividade que se desenvolve num território, a relevância se dá no conhecimento dos elementos contemporâneos de sua ocupação, com vistas à preservação, recuperação e uso de seus recursos em benefício da sociedade. E para projetos, necessita-se fazer levantamento das áreas mais adequadas à intervenção, de maneira a equilibrar a equação da implementação e sustentabilidade, e respectivo dimensionamento para projetos executivos e obras. Em função disso há necessidade de distintos níveis de detalhamento, exatidões, elenco de feições; e, por conseguinte, são indispensáveis várias escalas de mapeamento.
Como a tecnologia, com o advento dos satélites e utilização de drones, pode colaborar com a aerofotogrametria? Aliás, há algum órgão regulamentar para o uso desses equipamentos?
São finalidades distintas quanto ao sensoriamento remoto feito por satélites, plataformas aéreas ou mesmo por drones. As imagens por satélites geralmente são utilizadas para pequenas escalas em grandes áreas. Por sua vez, os drones estão mais voltados a serviços em pequenas áreas, constituindo ferramentas poderosas, embora nem sempre economicamente viáveis fora de regiões de alto tráfego aéreo, e ainda sujeitos a restrições impostas pela ANAC.
Quais as principais atribuições e responsabilidades dos técnicos na aerofotogrametria?
Muitos profissionais técnicos operam na área, como operadores de instrumentos de voo, processamento dos dados, agrimensura de campo, cálculos de posicionamento, fotointerpretação, edição de imagens, edição topológica, bancos de dados, tecnologia da informação e outras funções. Em seu quadro, a Base S.A. conta com profissionais de todas essas especialidades.
Em sua opinião o que pode ser feito para fomentar o interesse e a oferta de cursos técnicos de aerofotogrametria?
Boa questão. Creio que uma das alternativas para despertar o interesse pela aerofotogrametria são as entrevistas como a que estamos fazendo, divulgando a necessidade da informação espacial de qualidade e atualizada, para prover segurança e transparência nas tomadas de decisões da gestão do nosso território; afinal, o custo de atitudes erradas ou mal feitas por falta de informação espacial gera prejuízos maiores em comparação ao gasto com a execução e manutenção. Nesse ponto seria bom nos espelharmos em países desenvolvidos que mantém políticas de provimento de informações espaciais adequadas e atualizadas, perguntando-nos: eles se organizaram depois de ficarem ricos e desenvolvidos ou foram organizados para atingirem o desenvolvimento?
Na década de 1970 a Cruzeiro, empresa subsidiária da VARIG, mantinha um departamento de aerofotogrametria e, segundo a revista Transporte Moderno, as câmeras eram acopladas às aeronaves para a captação de imagens aéreas. Para o senhor, foi algo pioneiro para a história da aerofotogrametria?
Fundada em 1948 a Aerofoto Cruzeiro S.A. – dona da Cruzeiro que, posteriormente, foi incorporada à VARIG –, tornou-se a maior empresa de aerofotogrametria do hemisfério sul e uma das maiores do mundo nas décadas de 1960 e 1970. Foi numa das empresas do grupo, a Aeromapa Brasil, que eu iniciei as atividades. Todas as empresas habilitadas a operar aerolevantamentos têm as aeronaves homologadas pela ANAC para serviços aéreos especializados, com furos na fuselagem e adaptação para a instalação de sensores, tais como câmeras aéreas e perfiladores a laser.
Qual o conselho para quem se interessa pela área e tenciona fazer um curso técnico de aerofotogrametria?
Dar conselhos aos jovens é difícil, principalmente numa época de rápidos avanços tecnológicos, importantes transformações sociais e constantes mudanças políticas, e ainda num mundo sujeito a tropeços causados pela má utilização de novas e perigosas tecnologias e a pandemia de coronavírus que nos afeta. Mas vamos tentar. Numa economia globalizada, primeiramente é importante dominar pelo menos o idioma inglês e, se possível, outros, uma vez que o profissional terá que se comunicar com pessoas espalhadas pelo mundo. Num segundo momento, focar em conhecimento de formação e conceitual de maneira a habilitá-lo e se desenvolver em todas as técnicas e suas respectivas mudanças.
O senhor tem alguma consideração final?
Agradeço essa oportunidade de falarmos um pouco sobre serviços de aerolevantamento, mostrando que se trata de uma ferramenta importante e indispensável para o desenvolvimento sustentável de uma nação; pois, ninguém consegue gerir um território sem conhecê-lo.
Nota da Redação: Uma dica para conhecer a história da VARIG, citada nessa entrevista, é o livro “VARIG – Eterna Pioneira” do especialista em aviação Gianfranco Beting, filho do jornalista Joelmir Beting.
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Com o avanço da tecnologia, atualmente a aerofotogrametria e os mapeamentos aéreos podem ser realizados por drones ou até mesmo por imagens de satélites para áreas mais abrangentes, possibilitando mapeamentos de forma remota. E os técnicos também estão presentes como profissionais importantes nesse contexto, com diversificadas atribuições e responsabilidades. “Muitos profissionais técnicos operam na área, como operadores de instrumentos de voo, processamento dos dados, agrimensura de campo, cálculos de posicionamento, fotointerpretação, edição de imagens, edição topológica, bancos de dados, tecnologia da informação e outras funções”, complementa.
Especialista em aerofotogrametria e autor de dois livros – “Elementos de Eletrônica Digital” e “São Paulo Vista do Alto”, ambos em coautoria publicados pela Editoria Érica –, ele concedeu uma entrevista exclusiva ao Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP), intermediada pelo engenheiro agrimensor e gerente técnico comercial Ricardo Savi, com o propósito de explicar o que é aerofotogrametria aos não familiarizados com o termo, bem como compartilhar experiência e informações relevantes com quem atua ou pretende se ingressar profissionalmente na área. “Agradeço essa oportunidade de falarmos um pouco sobre serviços de aerolevantamento, mostrando que se trata de uma ferramenta importante e indispensável para o desenvolvimento sustentável de uma nação; pois, ninguém consegue gerir um território sem conhecê-lo”, conclui Ivan Valeije Idoeta, também em nome da Base S.A.
Primeiramente, o que é aerofotogrametria?
Conceitualmente, fotogrametria é a ciência aplicada que se propõe a registrar, por meio de fotografias métricas, imagens de objetos que poderão ser medidos e interpretados. Uma vez definida, podemos dividi-la em categorias de acordo com o tipo de fotografia e os objetivos do uso: fotogrametria terrestre, quando as imagens são obtidas a partir de pontos situados na superfície do terreno – se o eixo óptico da câmera utilizada é horizontal, temos a “fotogrametria horizontal” –; e fotogrametria aérea ou aerofotogrametria, quando as imagens são obtidas por câmeras métricas montadas em aeronaves – sendo o eixo óptico da câmera vertical, temos a chamada “fotogrametria vertical”.
Qual é a sua ligação ou experiência na área?
Minha ligação com a área de aerofotogrametria vem desde os 15 anos quando, no início da década de 1970, meu pai Irineu Idoeta incentivou-me a trabalhar na Aeromapa Brasil, empresa do Grupo Cruzeiro, onde fiz o curso de fotogrametrista. Em 1985 iniciei minhas atividades na Base S.A., onde me encontro até o momento e tive o privilégio de participar das equipes que já realizaram mais de mil projetos de levantamentos topográficos e aerofotogramétricos.
O senhor pode falar, então, sobre a Base Aerofotogrametria e Projetos S.A.?
Fundada em 1974, atualmente a empresa opera com mais de 1250 projetos e, atualmente, opera com duas aeronaves e sensores de imageamento métrico digital e perfiladores a laser. Está estabelecida em São Paulo e inscrita no Ministério da Defesa como Categoria A; ou seja, para execução de coberturas aéreas e demais fases até os produtos finais, como levantamentos geodésicos, ortofotocarta – produto cartográfico rico em detalhes fotográficos e qualidade geométrica de uma carta de traço –, modelos digitais de terreno, cadastros técnicos multifinalitários, entre outros. É também inscrita na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) como empresa de serviços aéreos especializados de aerolevantamento.
Qual a relevância e as principais finalidades da aerofotogrametria?
Os aerolevantamentos são realizados para várias finalidades, que podemos agrupar em planejamento, gestão e projetos, com cada grupo exigindo um conjunto de especificações distintas. Na área de planejamento, tem-se uma visão de futuro com foco nas relações com a sociedade, infraestrutura, meio ambiente, equipamentos sociais, circulação, armazenamento, abastecimento e logística. Na gestão de qualquer atividade que se desenvolve num território, a relevância se dá no conhecimento dos elementos contemporâneos de sua ocupação, com vistas à preservação, recuperação e uso de seus recursos em benefício da sociedade. E para projetos, necessita-se fazer levantamento das áreas mais adequadas à intervenção, de maneira a equilibrar a equação da implementação e sustentabilidade, e respectivo dimensionamento para projetos executivos e obras. Em função disso há necessidade de distintos níveis de detalhamento, exatidões, elenco de feições; e, por conseguinte, são indispensáveis várias escalas de mapeamento.
Como a tecnologia, com o advento dos satélites e utilização de drones, pode colaborar com a aerofotogrametria? Aliás, há algum órgão regulamentar para o uso desses equipamentos?
São finalidades distintas quanto ao sensoriamento remoto feito por satélites, plataformas aéreas ou mesmo por drones. As imagens por satélites geralmente são utilizadas para pequenas escalas em grandes áreas. Por sua vez, os drones estão mais voltados a serviços em pequenas áreas, constituindo ferramentas poderosas, embora nem sempre economicamente viáveis fora de regiões de alto tráfego aéreo, e ainda sujeitos a restrições impostas pela ANAC.
Quais as principais atribuições e responsabilidades dos técnicos na aerofotogrametria?
Muitos profissionais técnicos operam na área, como operadores de instrumentos de voo, processamento dos dados, agrimensura de campo, cálculos de posicionamento, fotointerpretação, edição de imagens, edição topológica, bancos de dados, tecnologia da informação e outras funções. Em seu quadro, a Base S.A. conta com profissionais de todas essas especialidades.
Em sua opinião o que pode ser feito para fomentar o interesse e a oferta de cursos técnicos de aerofotogrametria?
Boa questão. Creio que uma das alternativas para despertar o interesse pela aerofotogrametria são as entrevistas como a que estamos fazendo, divulgando a necessidade da informação espacial de qualidade e atualizada, para prover segurança e transparência nas tomadas de decisões da gestão do nosso território; afinal, o custo de atitudes erradas ou mal feitas por falta de informação espacial gera prejuízos maiores em comparação ao gasto com a execução e manutenção. Nesse ponto seria bom nos espelharmos em países desenvolvidos que mantém políticas de provimento de informações espaciais adequadas e atualizadas, perguntando-nos: eles se organizaram depois de ficarem ricos e desenvolvidos ou foram organizados para atingirem o desenvolvimento?
Na década de 1970 a Cruzeiro, empresa subsidiária da VARIG, mantinha um departamento de aerofotogrametria e, segundo a revista Transporte Moderno, as câmeras eram acopladas às aeronaves para a captação de imagens aéreas. Para o senhor, foi algo pioneiro para a história da aerofotogrametria?
Fundada em 1948 a Aerofoto Cruzeiro S.A. – dona da Cruzeiro que, posteriormente, foi incorporada à VARIG –, tornou-se a maior empresa de aerofotogrametria do hemisfério sul e uma das maiores do mundo nas décadas de 1960 e 1970. Foi numa das empresas do grupo, a Aeromapa Brasil, que eu iniciei as atividades. Todas as empresas habilitadas a operar aerolevantamentos têm as aeronaves homologadas pela ANAC para serviços aéreos especializados, com furos na fuselagem e adaptação para a instalação de sensores, tais como câmeras aéreas e perfiladores a laser.
Qual o conselho para quem se interessa pela área e tenciona fazer um curso técnico de aerofotogrametria?
Dar conselhos aos jovens é difícil, principalmente numa época de rápidos avanços tecnológicos, importantes transformações sociais e constantes mudanças políticas, e ainda num mundo sujeito a tropeços causados pela má utilização de novas e perigosas tecnologias e a pandemia de coronavírus que nos afeta. Mas vamos tentar. Numa economia globalizada, primeiramente é importante dominar pelo menos o idioma inglês e, se possível, outros, uma vez que o profissional terá que se comunicar com pessoas espalhadas pelo mundo. Num segundo momento, focar em conhecimento de formação e conceitual de maneira a habilitá-lo e se desenvolver em todas as técnicas e suas respectivas mudanças.
O senhor tem alguma consideração final?
Agradeço essa oportunidade de falarmos um pouco sobre serviços de aerolevantamento, mostrando que se trata de uma ferramenta importante e indispensável para o desenvolvimento sustentável de uma nação; pois, ninguém consegue gerir um território sem conhecê-lo.
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