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Notícias

A arte de transformar ambientes

  • 18 de junho de 2020

Técnicos em Design de Interiores: profissão moldada com bom gosto, imaginação e uma dose de sensibilidade

Técnicos em Design de Interiores: eles dão vida e funcionalidades às residências, escritórios, consultórios, lojas e condomínios

Falar em design de interiores pode causar a impressão de uma área nova e muito a ser explorada; de fato, as oportunidades são inúmeras, mas longe de ser uma atividade recente. Os primeiros indícios de decoração de ambientes remontam à antiguidade, quando os egípcios embelezavam suas casas com móveis de madeira e utensílios comuns à época: peles de animais, adornos e até esculturas retratando deuses e ícones religiosos; posteriormente, influenciariam a arte grega.

Desde as civilizações milenares até a contemporaneidade a sociedade passou por muitas transformações e, atualmente, trabalhar com design de interiores é engendrar por um universo de possibilidades; contudo, a verve artística permanece imutável, enriquecida com bom gosto, imaginação e uma dose de sensibilidade, fomentadas – ou facilitadas – pelo uso de tecnicidades digitais do mundo moderno.

Felipe Dariel Pinto: “Quando apresentamos a resolução nós afirmamos que os Técnicos em Design de Interiores podem trabalhar legalmente, com segurança e de forma autônoma”

Não é por acaso que o mercado de design de interiores cresce a cada dia, e a procura por cursos técnicos tende a aumentar ainda mais após o Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) baixar a Resolução CFT nº 096/2020, que dispõe sobre as prerrogativas e atribuições dos profissionais envolvidos. Foram várias reuniões da Comissão de Educação e Atribuições Profissionais do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP), com a participação de professores, coordenadores de cursos, dirigentes de entidades – incluindo da Associação Brasileira de Design de Interiores (ABD) – e profissionais atuantes no setor, até a finalização da minuta e encaminhamento para a análise do CFT em Brasília. “Os Técnicos em Design de Interiores necessitavam de um documento que desse crédito às suas atribuições, e nós precisávamos compilá-las no conselho para realmente respaldar os profissionais”, explica o técnico e professor Felipe Dariel Pinto, revelando sentir preocupação por parte dos alunos ao ser questionado sobre as atribuições após a formação técnica. “Quando apresentamos a resolução nós afirmamos que os Técnicos em Design de Interiores podem trabalhar legalmente, com segurança e de forma autônoma”, complementa, comemorando as mudanças práticas que já podem ser sentidas, tanto pelos técnicos como os tomadores de serviços; entre os quais, responsáveis por residências, escritórios, consultórios, lojas e condomínios.

Lucas Ferreira Coelho: “Na ETEC Carlos de Campos eu encontrei professores que apostaram em mim e me ajudaram muito”

Aluno de curso técnico premiado – Técnico em Design de Interiores, Lucas Ferreira Coelho atualmente cursa arquitetura e faz estágio num escritório voltado à decoração de ambientes internos. Numa concepção quase poética, ele também delega à formação técnica em design de interiores um papel social por estar diretamente ligada ao sentimentalismo. “É isso que mais gosto ao trabalhar com espaços internos, pois nós conseguimos mudar a percepção que se tem desses lugares”, declara o jovem de 21 anos, que já acumula um importante prêmio no currículo: ele foi o vencedor do 21º Concurso Estudos de Banheiro, promovido pela empresa Deca, e expôs seu projeto na CASACOR 2017, importante feira de arquitetura, design de interiores e paisagismo. “No início nós temos dificuldades para acreditar no próprio potencial, mas na ETEC Carlos de Campos eu encontrei professores que apostaram em mim e me ajudaram muito. Foi com a orientação deles que elaborei o projeto com base no que tinha aprendido no curso técnico e, sinceramente, não esperava passar para a segunda fase”, relata, avaliando a importância do concurso em sua precoce projeção profissional. “Graças ao curso técnico e ao concurso, fui convidado para trabalhar com uma das integrantes da comissão avaliadora”, continua, recomendado sem qualquer receio curso técnico para quem tem interesse em trabalhar com design de interiores. “Foi um divisor de águas na minha vida; através do curso eu participei do concurso, que me ajudou a conseguir meu primeiro contato na área”, conclui.

Atribuições normatizadas no novo CNCT – Realizada periodicamente pelo Ministério da Educação, após seis anos o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) está passando por uma nova atualização. De acordo com o professor Wilson Conciani, reitor do Instituto Federal de Brasília (IFB) e responsável junto à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), o trabalho encontra-se na fase final e a expectativa é que a versão oficial atualizada esteja disponível no mês de julho.

Wilson Conciani: “Pela primeira vez, o perfil profissional no CNCT será complementado pelas resoluções que regulam a profissão dos técnicos”

Instituído pela Portaria MEC nº 870/2008 o CNCT tem como objetivo disciplinar a oferta de cursos técnicos, de maneira a orientar as instituições de ensino, estudantes e a sociedade em geral, visando contemplar novas demandas socioeducacionais; entre as quais, as novas atribuições dos Técnicos em Design de Interiores. “A participação do Sistema CFT/CRT foi muito importante e, pela primeira vez, o perfil profissional no CNCT será complementado pelas resoluções que regulam a profissão dos técnicos. Isto é, será citada no catálogo de modo que tudo que estiver resumido na descrição do perfil possa ser conhecido em detalhes diretamente na fonte”, explica o reitor.

Quanto ao que apregoam algumas associações e até mesmo profissionais com formação acadêmica em relação aos cursos técnicos, Wilson Conciani comenta de maneira bem diplomática. “Muitos têm a perspectiva de um trabalho como tecnólogo ou bacharel; contudo, conquistam espaço na sociedade exercendo a profissão de técnico. Ao atingir certa condição, há quem busque graduação e também os que veem o setor técnico como o lugar ideal”, explica. Ainda, segundo suas próprias palavras, do ponto de vista financeiro, os salários médios dos técnicos e profissionais com curso superior são bem próximos, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

Experiência como técnica e docente

Tânia Regina Pereira Carvalho: “A Resolução CFT nº 096/2020 é uma vitória indiscutível para os Técnicos em Design de Interiores”

Entrevista com Tânia Regina Pereira Carvalho, professora de curso técnico em design de interiores na ETEC Carlos de Campos

Professora na ETEC Carlos de Campos em São Paulo, Tânia Regina Pereira Carvalho classifica a Resolução CFT nº 096/2020 como uma vitória indiscutível para os Técnicos em Design de Interiores, enaltecendo o trabalho de Felipe Dariel Pinto, que conseguiu levar ao Sistema CFT/CRT os anseios dos profissionais e conquistar o reconhecimento de suas atividades.
Acompanhe:

Como você define e qual é sua concepção do Técnico em Design de Interiores?
O Técnico em Design de interiores desenvolve, em duas e três dimensões, projetos residenciais, comerciais, corporativos e efêmeros, articulando os conhecimentos estéticos e tecnológicos, e viabilizando sua exequibilidade e custo benefício. Apresenta esclarecimentos metodológicos de trabalho, expondo procedimentos e vantagens e considerando pré-requisitos estruturais, regionais, legais, sustentáveis, de acessibilidade e segurança. Também coordena equipes e acompanha a execução da obra, cuidando da documentação, atas, contratos, cronogramas e memoriais descritivos.
Minha concepção é que somos especificadores de produtos e fornecedores para apresentar o melhor resultado; e temos competência na fiscalização e condução na execução dos projetos, desde a captação e fidelização do cliente, passando pelo levantamento das necessidades estéticas, técnicas e orçamentárias.

Qual o perfil dos alunos que geralmente optam por esse curso técnico?
Em cada sala há uma diversidade de idade, que varia de 15 a 60 anos, incluindo alunos com formação do ensino médio ao acadêmico. No entanto, todos vêm dispostos a ter uma formação técnica que lhes permitam atuar no mercado; alguns estão trabalhando e buscam complementação. Em geral, é um público muito responsável, interessado e engajado em aprender.

Como educadora qual a sua expectativa quanto à atualização do CNCT, especificamente em relação ao curso técnico em design de interiores, que está sendo realizada pelo Ministério da Educação?
Paralelamente o Centro Paula Souza (CPS) articula laboratório de currículo para estar sempre acompanhando a atualização proposta pelo mercado. Se esse catálogo define as competências e habilidades a serem desenvolvidas ao profissional da área com especificação técnica, nossa expectativa é que se respeite e reconheça suas atribuições.

Em sua opinião o que a Resolução CFT nº 096/2020 representa e traz de benefícios aos Técnicos em Design de Interiores?
Essa resolução foi discutida entre os docentes e apresentada aos discentes com muita satisfação, pois é uma vitória indiscutível para os Técnicos em Design de Interiores, que podem sair desse merchandising de que são somente decoradores. Antes nós não éramos reconhecidos pelos conselhos em que nos registrávamos, mas no Sistema CFT/CRT somos Técnicos em Design de Interiores e ponto final, com competências e habilidades definidas. Acredito que as mudanças serão sentidas imediatamente, pois nesse momento que estamos vivendo eu vejo o imediatismo mais presente e os profissionais cada vez mais atuantes.

A resolução conflita com as atribuições e responsabilidades dos profissionais da área com formação universitária?
Não, primeiramente porque a graduação forma profissionais com conceito e discurso com embasamento em pesquisas estéticas e culturais; o técnico, por sua vez, aprende na prática. Obviamente que há mais responsabilidade ao desenvolver e executar os projetos, pois o trabalho e realizado diretamente com o consumidor final.

Qual a mensagem ou conselho para quem deseja fazer um curso técnico em design de interiores?
Eu costumo dizer que somos como médicos, responsáveis pela saúde e bem-estar dos nossos clientes; portanto, é preciso gostar da área. Enfim, é uma profissão maravilhosa e atuante e nós estamos sempre nos relacionando e nos atualizando profissionalmente.

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Falar em design de interiores pode causar a impressão de uma área nova e muito a ser explorada; de fato, as oportunidades são inúmeras, mas longe de ser uma atividade recente. Os primeiros indícios de decoração de ambientes remontam à antiguidade, quando os egípcios embelezavam suas casas com móveis de madeira e utensílios comuns à época: peles de animais, adornos e até esculturas retratando deuses e ícones religiosos; posteriormente, influenciariam a arte grega.

Desde as civilizações milenares até a contemporaneidade a sociedade passou por muitas transformações e, atualmente, trabalhar com design de interiores é engendrar por um universo de possibilidades; contudo, a verve artística permanece imutável, enriquecida com bom gosto, imaginação e uma dose de sensibilidade, fomentadas – ou facilitadas – pelo uso de tecnicidades digitais do mundo moderno.

Felipe Dariel Pinto: “Quando apresentamos a resolução nós afirmamos que os Técnicos em Design de Interiores podem trabalhar legalmente, com segurança e de forma autônoma”

Não é por acaso que o mercado de design de interiores cresce a cada dia, e a procura por cursos técnicos tende a aumentar ainda mais após o Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) baixar a Resolução CFT nº 096/2020, que dispõe sobre as prerrogativas e atribuições dos profissionais envolvidos. Foram várias reuniões da Comissão de Educação e Atribuições Profissionais do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP), com a participação de professores, coordenadores de cursos, dirigentes de entidades – incluindo da Associação Brasileira de Design de Interiores (ABD) – e profissionais atuantes no setor, até a finalização da minuta e encaminhamento para a análise do CFT em Brasília. “Os Técnicos em Design de Interiores necessitavam de um documento que desse crédito às suas atribuições, e nós precisávamos compilá-las no conselho para realmente respaldar os profissionais”, explica o técnico e professor Felipe Dariel Pinto, revelando sentir preocupação por parte dos alunos ao ser questionado sobre as atribuições após a formação técnica. “Quando apresentamos a resolução nós afirmamos que os Técnicos em Design de Interiores podem trabalhar legalmente, com segurança e de forma autônoma”, complementa, comemorando as mudanças práticas que já podem ser sentidas, tanto pelos técnicos como os tomadores de serviços; entre os quais, responsáveis por residências, escritórios, consultórios, lojas e condomínios.

Lucas Ferreira Coelho: “Na ETEC Carlos de Campos eu encontrei professores que apostaram em mim e me ajudaram muito”

Aluno de curso técnico premiado – Técnico em Design de Interiores, Lucas Ferreira Coelho atualmente cursa arquitetura e faz estágio num escritório voltado à decoração de ambientes internos. Numa concepção quase poética, ele também delega à formação técnica em design de interiores um papel social por estar diretamente ligada ao sentimentalismo. “É isso que mais gosto ao trabalhar com espaços internos, pois nós conseguimos mudar a percepção que se tem desses lugares”, declara o jovem de 21 anos, que já acumula um importante prêmio no currículo: ele foi o vencedor do 21º Concurso Estudos de Banheiro, promovido pela empresa Deca, e expôs seu projeto na CASACOR 2017, importante feira de arquitetura, design de interiores e paisagismo. “No início nós temos dificuldades para acreditar no próprio potencial, mas na ETEC Carlos de Campos eu encontrei professores que apostaram em mim e me ajudaram muito. Foi com a orientação deles que elaborei o projeto com base no que tinha aprendido no curso técnico e, sinceramente, não esperava passar para a segunda fase”, relata, avaliando a importância do concurso em sua precoce projeção profissional. “Graças ao curso técnico e ao concurso, fui convidado para trabalhar com uma das integrantes da comissão avaliadora”, continua, recomendado sem qualquer receio curso técnico para quem tem interesse em trabalhar com design de interiores. “Foi um divisor de águas na minha vida; através do curso eu participei do concurso, que me ajudou a conseguir meu primeiro contato na área”, conclui.

Atribuições normatizadas no novo CNCT – Realizada periodicamente pelo Ministério da Educação, após seis anos o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT) está passando por uma nova atualização. De acordo com o professor Wilson Conciani, reitor do Instituto Federal de Brasília (IFB) e responsável junto à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), o trabalho encontra-se na fase final e a expectativa é que a versão oficial atualizada esteja disponível no mês de julho.

Wilson Conciani: “Pela primeira vez, o perfil profissional no CNCT será complementado pelas resoluções que regulam a profissão dos técnicos”

Instituído pela Portaria MEC nº 870/2008 o CNCT tem como objetivo disciplinar a oferta de cursos técnicos, de maneira a orientar as instituições de ensino, estudantes e a sociedade em geral, visando contemplar novas demandas socioeducacionais; entre as quais, as novas atribuições dos Técnicos em Design de Interiores. “A participação do Sistema CFT/CRT foi muito importante e, pela primeira vez, o perfil profissional no CNCT será complementado pelas resoluções que regulam a profissão dos técnicos. Isto é, será citada no catálogo de modo que tudo que estiver resumido na descrição do perfil possa ser conhecido em detalhes diretamente na fonte”, explica o reitor.

Quanto ao que apregoam algumas associações e até mesmo profissionais com formação acadêmica em relação aos cursos técnicos, Wilson Conciani comenta de maneira bem diplomática. “Muitos têm a perspectiva de um trabalho como tecnólogo ou bacharel; contudo, conquistam espaço na sociedade exercendo a profissão de técnico. Ao atingir certa condição, há quem busque graduação e também os que veem o setor técnico como o lugar ideal”, explica. Ainda, segundo suas próprias palavras, do ponto de vista financeiro, os salários médios dos técnicos e profissionais com curso superior são bem próximos, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

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Entrevista com Tânia Regina Pereira Carvalho, professora de curso técnico em design de interiores na ETEC Carlos de Campos

Professora na ETEC Carlos de Campos em São Paulo, Tânia Regina Pereira Carvalho classifica a Resolução CFT nº 096/2020 como uma vitória indiscutível para os Técnicos em Design de Interiores, enaltecendo o trabalho de Felipe Dariel Pinto, que conseguiu levar ao Sistema CFT/CRT os anseios dos profissionais e conquistar o reconhecimento de suas atividades.
Acompanhe:

Como você define e qual é sua concepção do Técnico em Design de Interiores?
O Técnico em Design de interiores desenvolve, em duas e três dimensões, projetos residenciais, comerciais, corporativos e efêmeros, articulando os conhecimentos estéticos e tecnológicos, e viabilizando sua exequibilidade e custo benefício. Apresenta esclarecimentos metodológicos de trabalho, expondo procedimentos e vantagens e considerando pré-requisitos estruturais, regionais, legais, sustentáveis, de acessibilidade e segurança. Também coordena equipes e acompanha a execução da obra, cuidando da documentação, atas, contratos, cronogramas e memoriais descritivos.
Minha concepção é que somos especificadores de produtos e fornecedores para apresentar o melhor resultado; e temos competência na fiscalização e condução na execução dos projetos, desde a captação e fidelização do cliente, passando pelo levantamento das necessidades estéticas, técnicas e orçamentárias.

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Em cada sala há uma diversidade de idade, que varia de 15 a 60 anos, incluindo alunos com formação do ensino médio ao acadêmico. No entanto, todos vêm dispostos a ter uma formação técnica que lhes permitam atuar no mercado; alguns estão trabalhando e buscam complementação. Em geral, é um público muito responsável, interessado e engajado em aprender.

Como educadora qual a sua expectativa quanto à atualização do CNCT, especificamente em relação ao curso técnico em design de interiores, que está sendo realizada pelo Ministério da Educação?
Paralelamente o Centro Paula Souza (CPS) articula laboratório de currículo para estar sempre acompanhando a atualização proposta pelo mercado. Se esse catálogo define as competências e habilidades a serem desenvolvidas ao profissional da área com especificação técnica, nossa expectativa é que se respeite e reconheça suas atribuições.

Em sua opinião o que a Resolução CFT nº 096/2020 representa e traz de benefícios aos Técnicos em Design de Interiores?
Essa resolução foi discutida entre os docentes e apresentada aos discentes com muita satisfação, pois é uma vitória indiscutível para os Técnicos em Design de Interiores, que podem sair desse merchandising de que são somente decoradores. Antes nós não éramos reconhecidos pelos conselhos em que nos registrávamos, mas no Sistema CFT/CRT somos Técnicos em Design de Interiores e ponto final, com competências e habilidades definidas. Acredito que as mudanças serão sentidas imediatamente, pois nesse momento que estamos vivendo eu vejo o imediatismo mais presente e os profissionais cada vez mais atuantes.

A resolução conflita com as atribuições e responsabilidades dos profissionais da área com formação universitária?
Não, primeiramente porque a graduação forma profissionais com conceito e discurso com embasamento em pesquisas estéticas e culturais; o técnico, por sua vez, aprende na prática. Obviamente que há mais responsabilidade ao desenvolver e executar os projetos, pois o trabalho e realizado diretamente com o consumidor final.

Qual a mensagem ou conselho para quem deseja fazer um curso técnico em design de interiores?
Eu costumo dizer que somos como médicos, responsáveis pela saúde e bem-estar dos nossos clientes; portanto, é preciso gostar da área. Enfim, é uma profissão maravilhosa e atuante e nós estamos sempre nos relacionando e nos atualizando profissionalmente.

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